quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Escolhas Coletivas – Mulheres

Vivemos em uma sociedade onde as mulheres são a maioria. Elas tem nível de escolarização superior ao dos homens, mas ainda ganham menores salários, em média. Em todo o Brasil, nos cargos públicos, menos de 10% das prefeituras são dirigidas por mulheres; 12% são vereadoras e apenas dois estados têm uma mulher à frente do governo, o que corresponde a 7%. Oito por cento da composição da Câmara é de mulheres enquanto no Senado é de 12%.

O Brasil ocupa apenas o 156º lugar do mundo em um ranking de 188 países das nações com maior participação da mulher na política. Isto nos mostra o quanto vivemos num sistema patriarcal, capitalista e excludente.

Queremos mudar este cenário, mudando o sistema político. Por isto estamos com Sofia Cavedon na construção do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, para mudar a vida das mulheres.
Na elaboração dos 13 pontos, compromissos do mandato Sofia Cavedon com as mulheres, afirmamos os seguintes princípios:

 Transversalidade e utilização de linguagem inclusiva e não sexista
 Enfrentar na cultural e na ordem social os preconceituos, as relações de opressão e exploração e a divisão sexual do trabalho
• Estimular a auto-organização das mulheres

Afirmamos que os 13 pontos serão compromisso das mulheres com o mandato da Sofia, assim como acreditamos que teremos o compromisso da Sofia para com as mulheres:

1) Direito a autonomia, como um pressuposto para a igualdade. Autonomia significa direito a moradia digna, direito à terra, direito ao trabalho, direito a educação, direito à ser livre.
2)     Autonomia econômica das mulheres - a economia solidária como um outro modo de produzir a vida; financiamento ou um Fundo exclusivo para as mulheres da EPS; lutar pela garantia dos direitos das trabalhadoras domésticas; lutar pela garantia de direitos para as trabalhadoras de terceirizadas e cooperativas. Microcrédito como fomento para auto gestão na economia solidária.
3)     Lutar contra a mercantilização das mulheres – a exploração da vida e do corpo das mulheres, a imagem da mulher na mídia e os estereótipos; impulsionar campanhas contra a imposição de padrões estéticos.
4)     Enegrecer e enfrentar todas as formas de racismo. Fortalecer e apoiar a Marcha Nacional das Mulheres Negras (maio 2015).
5)     Enfrentar a violência contra as mulheres, para além a violência doméstica e a Lei Maria da Penha. Ter ações para combater a violência no ambiente escolar, entre as jovens e a violência institucional.
6)     Formação Feminista - Formação em direitos humanos e direitos das mulheres, nas escolas e para as educadoras (es). Formação e informação sobre a importância das datas históricas e de lutas.
7)     Educação não sexista, não racista e não lesbofóbica/homofóbica.- queremos uma educação libertadora, que não reproduza descriminação.
8)     Graduação para Educadoras Populares nas universidades do RS – compromisso do mandato para o retorno destes cursos nas universidades do Estado.
9)   Campanha contra o assedio sexual nas ruas e espaços públicos, como forma de enfrentar o machismo e o sexismo em nossa sociedade, prevenir a violência contra jovens e a violência sexual.
10)  Campanha da alimentação saudável nas escolas estaduais, adquirida da agricultura familiar e camponesa, produzida por mulheres. Estimular campanhas informativas sobre os distúrbios alimentares como a anorexia, bulimia e a obesidade infantil.
11)  Enfrentamento da feminização da pobreza – compromisso de estimular as políticas públicas de erradicação da pobreza extrema através do Programa RS Mais Igual. Estimular a auto-organização das mulheres rurais através dos Planos Territoriais de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário. Compromisso com a Marcha das Margaridas.
12)  Pela saúde e pela vida das mulheres – Os serviços de atendimento às mulheres vítimas de violência sexual, de interrupção legal da gravidez, ainda não está preparado para utilização da Notificação Compulsória e garantir a vontade das mulheres. Compromisso para que as politicas públicas de atendimento às jovens mulheres seja humanizado. Compromisso com a luta pelo Parto Humanizado e acompanhamento das Doulas. Compromisso com o programa Mais Médicos e contribuir para ampliar o nosso conhecimento nas experiências que estes profissionais trazem de seus países.

13)  Coleta de dados – As informações sobre as mulheres que são necessárias para orientar, formular e acompanhar as politicas públicas com recorte de gênero, como por exemplo: os dados sobre o câncer nas mulheres assim como os dados sobre a feminização da aids, sobre o acesso e continuidade na educação e trabalho.

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